Fadiga crónica: doença ou sintoma? 

Sabia que o cansaço prolongado é uma doença por si só?

Sim, é, garanto-vos!

Olá, sou a Dra. Joy.

Hoje, gostaria de vos falar de uma doença pouco conhecida que é frequentemente vista como um sintoma: a síndrome da fadiga crónica (também conhecida como encefalomielite miálgica).

Vamos!

O que é a fadiga crónica?

Como já referi, a síndrome de fadiga crónica (também conhecida por encefalomielite miálgica) é uma doença de pleno direito.

Também vou utilizar o termo astenia, que é o termo médico utilizado para definir a fadiga.

A astenia refere-se a uma fadiga anormal que persiste mesmo após o repouso (ou quando desaparece apenas parcialmente). Provoca uma sensação desagradável e angustiante de incapacidade para realizar algumas das atividades diárias. Uma pessoa que sofre de astenia sente um desequilíbrio entre o que precisa de fazer e o que se sente capaz de fazer.

A síndrome da fadiga crónica surge subitamente, mais frequentemente entre os 20 e os 50 anos, em pessoas que estão muito envolvidas nas suas atividades diárias.

Cerca de 25% da população refere ter fadiga crónica, mas apenas 0,5% da população (1 em cada 200 pessoas) tem síndrome de fadiga crónica. Ocorre mais frequentemente em mulheres jovens e de meia-idade do que em homens.

A doença tem um forte impacto sócio-profissional e pode levar a perturbações psicológicas.

Existem muitas causas para o síndrome da fadiga crónica:

  • Infeção (devido a um vírus do herpes, à bactéria Borrelia, etc.)
  • Problemas imunológicos
  • Perturbações psicológicas
  • etc.

As pessoas com síndrome da fadiga crónica têm sintomas muito reais…

Quais são os sintomas da fadiga crónica?

A fadiga crónica é grave, incapacitante e de longa duração. Não tem uma causa física ou psicológica comprovada, nem anomalias detetadas no exame clínico ou nas análises laboratoriais.

As pessoas com esta doença utilizam frequentemente os seguintes termos:

  • Lassidão
  • Fraqueza
  • Perda de força
  • Falta de energia
  • Dificuldade de concentração
  • Sensação de cansaço constante, de “esgotamento”, de “exaustão”.
  • etc.

Os principais sintomas observados são:

  • Cansaço permanente
  • Desconforto após o exercício físico
  • Problemas de memória e de concentração
  • Cansaço profundo e intolerância à posição de pé
  • Dores musculares e articulares
  • Sintomas semelhantes a uma infeção: faringite, febre moderada e sensação de “quente/frio.”

Quando estes sintomas persistem por mais de seis meses, designa-se por astenia/fadiga crónica.

Outros sintomas podem incluir insónia, dor de garganta, dor de cabeça e dor abdominal. A depressão é comum, especialmente quando os sintomas são graves ou se agravam.

Como é que é tratada?

Os tratamentos prescritos são adaptados a cada caso individual.

Uma mudança no estilo de vida e o recomeço gradual de uma atividade física adaptada são essenciais.

No entanto, o médico pode:

  • Modificar o tratamento existente quando um medicamento está implicado na ocorrência de astenia crónica.
  • Oferecer apoio psicológico através de terapia comportamental e cognitiva.
  • Prescrever antidepressivos em caso de depressão.
  • etc.

É possível que a fadiga crónica esteja relacionada com a vida profissional. Neste caso, o médico que trata o doente informará o médico do trabalho, que avaliará a necessidade de um tratamento especializado ou de uma mudança de emprego.

Combater a fadiga crónica

A luta contra a síndrome da fadiga crónica baseia-se principalmente num estilo de vida saudável, na gestão do stress, na atividade física regular e na abordagem da causa.

Eis o meu conselho:

  • Experimente a sofrologia 

Para melhorar a gestão do stress, nada melhor do que a sofrologia. Esta baseia-se essencialmente no relaxamento físico e mental obtido através de exercícios de respiração, relaxamento muscular e visualização de imagens calmantes.

A sofrologia permite-lhe adquirir um melhor conhecimento de si próprio, abordar a vida quotidiana com serenidade e, por conseguinte, com menos stress.

E graças aos exercícios que aprende, será capaz de gerir o seu stress se for confrontado com uma situação desconfortável.

  • Pratique uma atividade física 

Não estou a dizer-lhe para começar a preparar-se para uma meia maratona, mas a prática de uma atividade física básica contribui para o bem-estar geral do corpo.

Quer se trate de dar um passeio ou de subir as escadas em vez do elevador, estes hábitos diários ajudarão a melhorar gradualmente a sua saúde física, respeitando o seu ritmo.

  • Evite o consumo de estimulantes

O consumo de estimulantes como o café, o chá, as colas e outras bebidas energéticas tem mais consequências do que benefícios.

Em doses moderadas, podem melhorar a concentração e o estado de alerta. Mas quando consumimos em excesso, provocam fadiga.

E à noite, podem ser um verdadeiro incómodo para o seu sono. Para mais informações, não hesite em consultar um dietista-nutricionista.

Além disso, tente, na medida do possível, deitar-se e levantar-se à mesma hora durante a semana e ao fim-de-semana, para respeitar o seu ciclo circadiano.

Agora já sabe tudo o que há para saber sobre a síndrome da fadiga crónica ou encefalomielite miálgica. Se sofre de fadiga grave há mais de 6 meses, recomendo que fale com o seu médico.

 

Até já,

Dra. Joy!

Fontes:

Estas informações não substituem o aconselhamento médico. 

Deve procurar o conselho do seu médico ou de outro profissional de saúde qualificado para quaisquer questões que possa ter relativamente ao seu estado de saúde.

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